segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

SER PORTUGUÊS É...



Dizer que os jornais gratuitos são "os melhores" e ver o "jornal nacional" para "estar bem informado".
Guardar aquelas cuecas velhas, para polir o carro.
Criticar o governo local, mas jamais se queixar oficialmente.
Ser mal atendido num serviço, ficar furioso, mas não reclamar por escrito "porque não se quer aborrecer".
Ter tido a última grande vitória militar em 1385.
Guiar como um maníaco e toda gente considerar "normal".
Chamar "moina" aos agentes da polícia e queixar-se da insegurança urbana.
Comer diariamente sopa repleta de batata e feijão e dizer que come racionalmente.
Passar os dias sentado, gostar mais de carne do que peixe e "destestar relva", mas mesmo assim acreditar “ter cuidado com o colistrol”.
Ir à pastelaria pedir uma bola de Berlim “com muito creme” e um café com adoçante.
Viajar para terras distantes e encontrar outro português no restaurante.
Ir a Paris ou a Londres e perder horas à procura de um “café português”.
Saber que há alunos de Faculdades privadas sem reputação, qualidade ou tradição no seu ensino que respeitam escrupulosamente “a tradição académica”.
Ver que ninguém sabe nada do seu país, excepto os brasileiros e os espanhóis, que gozam com ele.
Levar a vida mais relaxada da Europa, mesmo sendo os últimos de todas as listas relevantes.
Ter sempre marisco, tremoço, azeitona e álcool a preços de saldo.
Receber visitas e ir prontamente mostrar a casa.
Casar com pompa e circunstância, convidando "somente as 4.000 pessoas mais chegadas" e passar a “lua de mel” no Algarve.
Dar os máximos durante 10 km para avisar os outros condutores de operações da polícia e lamentar a sinistralidade rodoviária.
Ter o resto do mundo a pensar que Portugal é uma província espanhola.
Chamar doutor simultaneamente a licenciados, doutorados e a médicos sem ter noção alguma das diferenças de formação entre eles.
Exigir que lhe chamem Doutor, mesmo quando se tem o 9.º ano.
Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro, mas não tratar ninguém com outras profissões por Sr. Pintor, Sr. Economista, Sr. Contabilista, Sra. Secretária, Sr. Canalizador, Sra. Cabeleireira, Sr. Primeiro-ministro, etc.
Passar o domingo no shopping só para ver as novidades.
Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
Axaxinar o Portuguex ao eskrever e ser "axérrimo defiensor da lengua portogueza".
Gastar 50 mil euros no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres, porque "é caro". Não pagar impostos ou recorrer a todos os expedientes para não os pagar e queixar-se do deficit público e da falta de qualidade dos serviços do Estado.
Gravar os "donos da bola" e os "grandes jogos da Sport TV" .
Considerar que as vigarices e trapalhadas das direcções dos clubes da nossa cor são sempre mais desculpáveis que as das direcções dos outros clubes.
Considerar que as claques de futebol do nosso clube são sempre as mais disciplinas apesar das evidências em contrário.
Registar o filho como sócio do seu clube, mas não gastar um cêntimo a mais na sua formação.
Ver diariamente pelo menos 8 telenovelas brasileiras e 2 programas da TVI.
Já ter "ido à bruxa" apesar de "crer em Deus".
Ter TV por cabo, canais adicionais, não ter tempo para os ver nem dinheiro para o ar condicionado, aquecimento e outros confortos básicos.
Ter os filhos baptizados e de catecismo na mão, mas nunca pôr os pés na igreja.
Dizer de si mesmo: sou um "católico não praticante".
Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer, e, pelo menos, a 500 metros de casa.
Lavar o carro na fonte, ao domingo.
Queixar-se do excesso de tráfego viário e da poluição, mas procurar sempre viver perto de "bons acessos".
Não ser racista, mas abrir uma excepção em relação aos pretos.
Suportar as anedotas dos brasileiros e só saber fazer piadas com alentejanos e pretos.
Dizer mal dos militares, mas adorar o cravo na G3 e o feriado do 25 de Abril.
Dizer mal dos "fascistas que comiam tudo e não deixavam nada" e pensar simultaneamente que "nós precisamos é de um novo Salazar"!
Falar mal do governo eleito e esquecer-se que votou nele.
Votar nos mesmos partidos há mais de 30 anos e dizer que "os políticos são todos iguais".
Dizer que "os políticos de Lisboa são burocratas e centralistas" e gostar de ter todos os serviços públicos etc. perto da Câmara Municipal, de preferência morando perto.
Viver em casa dos pais até aos 30 anos.
Acender o cigarro a qualquer hora e em qualquer lugar, sem quaisquer preocupações mas "defender os direitos dos não fumadores".
Ter pelo menos duas camisas traficadas da Lacoste e uma da Tommy.
Deixar o filho de 4 anos aos berros no restaurante a correr como um louco e a incomodar todas as pessoas que lá se encontram.
Ter bigode e ou ser baixinho(a).
Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).
Ter o colete reflector no banco do passageiro.
Ler a revista "Maria" e as revistas cor-de-rosa para "ter tema de conversa no autocarro e saber mais do que as outras sobre as telenovelas."
Pendurar o CD no retrovisor, para “enganar o radar”.
Ter três telemóveis mas não ter a apólice do seguro em dia.
Jurar não comprar azeite espanhol, nem morto, apesar da maioria do azeite vendido em Portugal ser espanhol.
Ir à bola, comprar “p’rá geral” e saltar “p’rá central'.
Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
Cometer 3 infracções ao código da estrada, por quilómetro percorrido e dizer que os "[outros] portugueses não sabem conduzir".

Baseado num original de autor desconhecido.

9 comentários:

Pedro Rodrigues de Sousa disse...

Obrigado Cristina por esta fonte de inspiração...

Anónimo disse...

De nada :D

Anónimo disse...

e controlo de qualidade, não existe? dava bem para aparar parte do texto, para não parecer tão banalmente revisitado pela enésima vez...

Pedro Rodrigues de Sousa disse...

Vais me dizer, ó camarada invicto, que já conhecias este texto?

Espera... ouvi-te dizer que sim... sabes é que as frases que eu conservei do email original são duas ou três e mesmo assim estão reescritas. Que o texto soe a banalidade ai estamos de acordo:a intenção era mesmo mesmo essa.

Um abraço

sombra e luz disse...

está demais!...
e se é repetido... há que continuar... nunca é demais denunciar tanta portugalidade da treta... parabens...

Anónimo disse...

tá porreiro, pá ;) concordo plenamente, ha que massacras quando os ouvidos são mocos e o cérebro vegetativo.
e ha que sorrir ao verificar que da imensa lista "epá eu até faço isto" só me saiu duas outras vezes.
uffa, boas variações

Pedro Sousa disse...

Porreiro o meru caso é mais grave e incurável... é uma espécie de masoquismo...

Anónimo disse...

Inserções grandes no boletim deviam pagar. Proponho que acima dos 1300 caracteres se pague um euro por cada 200 caracteres adicionais, e com efeitos rectro-activos.
Vamos ter capital para comprar o BCP.

Anónimo disse...

não percebo como...